Bebês reborn: saiba por que eles podem custar até R$ 15 mil
2025-05-26
Categoria: Entretenimento

O universo dos bebês reborn — bonecos extremamente realistas que reproduzem com riqueza de detalhes a aparência de recém-nascidos — tem ganhado destaque no Brasil, impulsionado por vídeos que viralizam e pelo engajamento nas redes sociais. Os preços variam bastante, indo de R$ 150 a até R$ 15 mil, dependendo da complexidade. Produzidos manualmente, esses bonecos podem ter cabelos inseridos fio por fio, olhos importados, veias feitas com pincéis finíssimos, manchas típicas de frio e até a cicatriz da vacina BCG no braço.
O que diferencia um reborn de uma boneca convencional é o nível de realismo e o trabalho artesanal envolvido. Confeccionados em vinil ou silicone sólido — este último considerado de qualidade superior —, os reborns podem levar semanas até ficarem prontos. O valor da peça também depende do prestígio da artista: obras de artesãs conhecidas e com muitos seguidores costumam ser mais caras. Além disso, quanto maior o grau de personalização, maior o preço. Alguns modelos acompanham enxoval completo, certidão de nascimento, chupeta com ímã e até encenações de parto com líquido e bolsa plástica.
Modelos mais simples, feitos com materiais acessíveis e acabamento básico, podem ser encontrados por cerca de R$ 150. Já os mais sofisticados, produzidos em silicone sólido e com cabelos naturais, não custam menos de R$ 9.500.
O uso dos bebês reborn vai além da estética e do colecionismo. Eles também são utilizados como recurso terapêutico por pessoas em luto, idosos com Alzheimer ou pacientes com depressão. Segundo relatos de artesãs, há quem compre para presentear um bebê que ainda vai nascer, assim como há adultos que realizam um antigo desejo de infância. A origem dos reborns remonta ao período pós-Segunda Guerra Mundial, quando mulheres modificavam bonecas como forma de lidar com a perda. O termo “reborn” (renascido) surgiu nos anos 1990, quando técnicas mais avançadas de pintura e montagem foram introduzidas. Atualmente, a confecção envolve kits importados, tintas especiais, selantes, fornos halógenos e instrumentos precisos para criar pele, cabelos, olhos e unhas com aparência natural.
Com a popularização nas redes sociais, vídeos mostrando reborns em passeios, festas ou simulações do cotidiano parental passaram a atrair milhões de visualizações. Influenciadoras digitais abraçaram a tendência, ajudando a consolidar esse fenômeno no mercado. O visual realista dos bonecos e a encenação de seus cuidados despertam reações emocionais variadas, que vão do encantamento à crítica, levantando discussões sobre seu significado simbólico.
Apesar da expansão da prática, ainda não existem dados oficiais sobre o mercado reborn no Brasil. Estima-se que mais de 150 artesãs atuem nesse segmento. A ausência de regulamentação e as polêmicas que surgem evidenciam que os bebês reborn já ultrapassaram a categoria de brinquedo ou item de colecionador.